O Testemunho de Gordon Lindsay

Yong Brown, Jack Moore, William Branham, Oral Roberts e Gordon Lindsay
Yong Brown, Jack Moore, William Branham, Oral Roberts e Gordon Lindsay

Fui associado com William Branham como seu administrador por vários anos durante o tempo em que seu ministério encabeçou o grande avivamento de libertação que varreu ao redor do mundo. Eu, portanto, estou tomando a liberdade de fazer alguns poucos comentários sobre a vida de um homem que tem provocado tão grande impacto sobre o mundo.

Conhecer o irmão Branham era amá-lo. Sua natureza era terna e bondosa, e suas sensibilidades reagiam profundamente ao sofrimento e a dor dos outros. Tão grande foi sua compaixão pelo enfermo e aflito que ele às vezes permitiu sua própria saúde sofrer enquanto orava por longas horas por intermináveis filas de doentes. Por um momento ele carregou, como se assim fosse, o peso de um mundo sofrido sobre os seus frágeis ombros, até que finalmente Deus tornasse conhecido a ele de que sua responsabilidade deveria ser compartilhada por outros.

Havia uma característica em seu ministério que fez dele intensamente amado pelas multidões que o ouviam – foi a sua simples humildade. No início dos seus dias ele nada havia conhecido senão os sofrimentos da pobreza, necessidades e tristezas esmagadoras, um homem que tinha até mesmo o pouco da vida tirada de sua posse. Como ele frequentemente contava a história, sua família era a mais pobre das pobres. Por um longo tempo ele foi incapaz de bancar o mais simples dos aparelhos domésticos convencionais. Uma vez ele perdeu uma confortável cadeira para uma companhia de finanças, não sendo capaz de manter os pagamentos. Para pagar as despesas ele trabalhava como um guarda florestal em Indiana, porém era generoso para impor multas, ainda que fosse sua única fonte de renda.

Gordon Lindasy eamigos

Quando dirigia as reuniões do irmão Branham, frequentemente enfrentávamos problemas com pessoas que desejavam usar sua grande influência para promover certas doutrinas particulares. O irmão Branham tomou uma posição firme contra isso, e publicamos uma declaração deixando claro que ele não estava endossando esta ou aquela visão, mas que Deus o havia chamado para unir a igreja, não para dividi-la.

Aqueles que participaram dessas campanhas se lembrarão de como o irmão Branham vinha à plataforma e, com o espírito mais humilde, explicava às pessoas que Deus o havia chamado como um profeta para ministrar a todas as denominações, sem discutir questões doutrinárias. Seu grande chamado era trazer a verdade do ministério sobrenatural aos corações das pessoas da nossa geração, para que elas soubessem que Cristo está vivo. Eu nunca deixava de me maravilhar com o enorme impacto que ele tinha sobre pessoas de todos os estilos de vida. Multidões são cristãs hoje porque William Branham viveu.

No entanto, fiquei surpreso com a persistência de alguns que insistiam em usar o nome de William Branham para promover suas próprias doutrinas particulares. Mas isso não era o desejo do irmão Branham. Ao escrever a introdução para o livro William Branham, Um Homem Enviado de Deus, publicado em 1951 — o qual o irmão Branham cuidadosamente leu antes de ser impresso —, afirmamos:

Quando se trata de considerações doutrinárias, isso é um assunto diferente. Ele não se considera um teólogo ou um árbitro de controvérsias teológicas. Apesar de sua enorme influência sobre multidões, ele não usa essa influência para impor suas próprias visões sobre pontos doutrinários. Alguns, sem autorização, têm tentado usar seu nome como meio de promover suas próprias opiniões pessoais. Ele tem sido forçado a repudiar tais tentativas, bondosa, porém firmemente. Sua missão é unir o povo de Deus, não dividi-lo ainda mais em controvérsias doutrinárias.

Mas quando se tratava de seu próprio chamado, não havia dúvida ou hesitação. Quando ele falava debaixo da unção de Deus, fazia-o corajosamente, e quando eu testemunhava o dom em operação, era praticamente infalível. Nas várias centenas de vezes em que o ouvi falar sob a unção, ele nunca errou ao revelar publicamente os segredos dos corações dos homens — coisas que ele não tinha nenhum meio possível de saber. A vida da pessoa era frequentemente transformada a partir daquele momento.

Mattsson Boze, T. L Osborn, Gordon Lindsay, Branham e Baxter
Mattsson Boze, T. L Osborn, Gordon Lindsay, Branham e Baxter

A Pergunta: Por quê?

É natural que as pessoas questionem por que Deus permitiria que o irmão Branham fosse levado neste momento, quando sua vida tinha sido tão útil. Antes de respondermos a essa pergunta, precisaríamos explicar por que João Batista, "o maior homem nascido de mulher" (Mateus 11:11), foi decapitado aos trinta anos de idade. Naquela época, Jesus estava no auge de Seu ministério, mas Ele não moveu um dedo para salvar a vida de João. Essa aparente negligência, na verdade, gerou uma dúvida na mente de João sobre se Jesus era realmente o Cristo (Mateus 11:3).

Estevão era um jovem poderosamente ungido por Deus, que realizava grandes milagres, sinais e maravilhas. No entanto, ele também foi removido no início de seu ministério. Tiago, irmão de João e um dos apóstolos, entregou sua vida pela causa do evangelho quando poderia ter sido uma grande bênção por muitos anos. O próprio Jesus concluiu Seu ministério terreno aos 33 anos, em vez dos 70 anos geralmente concedidos ao homem.

José, o esposo de Maria, mãe de Jesus, aparentemente morreu quando Jesus ainda estava em casa. Ele não é mencionado em lugar algum nos evangelhos após Jesus iniciar Seu ministério. De fato, na cruz, Jesus confiou Sua mãe ao cuidado do discípulo João (João 19:26-27), algo que dificilmente teria feito se José ainda estivesse vivo.

Não faltam exemplos de que Deus, por Suas próprias razões, remove alguns de Seus santos escolhidos da terra enquanto estão no vigor da vida. Tal foi o caso de Elias. O período de seu ministério durou cerca de 14 anos, e não há indicação de que ele fosse um homem velho. Sua vida foi marcada por uma série de milagres como nunca antes vistos em Israel desde os dias de Moisés. No entanto, Elias foi subitamente arrebatado da terra.

A morte ou julgamento de alguns grandes santos frequentemente teve o peculiar resultado de comover aqueles que ficaram para trás. Quando Paulo foi preso, em vez de desencorajar outros ministros, isso os motivou a serem mais determinados do que nunca no trabalho por Cristo (Filipenses 1:14).

Além disso, Deus pode ver que o ministério de um homem especial alcançou sua plenitude e que é hora de levá-lo para o lar celestial. Moisés desejava conduzir Israel até o Jordão, e parecia que Israel precisava dele mais do que nunca. Contudo, Deus reservou o ministério de conduzir o povo além do Jordão para outro líder — Josué.

Uma coisa parece clara: Deus remove alguns de Seus excelentes líderes para que outros, que Ele especialmente ungiu, sejam incentivados a avançar na fé. Os discípulos de João Batista estavam muito frustrados porque Jesus estava ganhando uma audiência maior e mais convertidos do que João (João 3:26; 4:1). Até que Elias fosse arrebatado, seu grande sucessor, Eliseu, era apenas conhecido como "o filho de Safate que derramava água nas mãos de Elias" (II Reis 3:11). Tiago, um dos três principais apóstolos, teve que morrer uma morte violenta antes que as pessoas começassem a orar intensamente pelos apóstolos. Aparentemente, essas orações incessantes da igreja salvaram Pedro de um destino semelhante (Atos 12). Até então, eles viam Pedro como o homem a ser chamado quando alguém queria ressuscitar os mortos ou curar os enfermos com sua sombra (Atos 5:19; 9:36-43). Tudo isso era verdade, mas Pedro precisava das orações das pessoas mais do que nunca.

Em Atos 14:8-18, vemos algumas lições sobre o que homens grandemente ungidos por Deus devem enfrentar desde o início até o fim de seus ministérios. Deus tem um propósito soberano ao chamar alguns de Seus servos mais destacados para Si mesmo, mesmo quando pareceria que o mundo ainda precisa deles. Esses eventos servem como lembretes de que o plano de Deus é perfeito, mesmo quando não entendemos completamente Seus caminhos.

Gordon Lindsay

Não cremos que a morte das pessoas de Deus está na misericórdia dos elementos, porém se eles colocarem suas almas nas mãos de Deus em fé, Deus os conservará todos os dias de sua vida na terra e quando aquele tempo é chegado os levará para casa para glória.

“Tu me guias com teu conselho, e depois me recebe na glória. Quem tenho eu no céu senão a ti? E não há nada sobre a terra que eu deseje além de ti” (Salmo 73:24-25).

Uma coisa pode ser dita com certeza. Poucos homens com tão pouco tempo para o seu ministério têm realizado tanto quanto nosso irmão Branham. O testemunho do escritor é que seu ministério tem poderosamente afetado sua própria vida. Ele considerou uma grande honra ter sido associado com William Branham durante os anos em que eles trabalharam juntos.

Fonte: Revista A Voz da Cura, Fevereiro de 1966, edição especial em memória de William Branham.

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